quinta-feira, 30 de junho de 2011
Eu e meu igual: o casal de dois caras perfeito?
Ontem encontrei e conheci melhor um cara igual a mim, intelectual, emocional e quase fisicamente.
Nós já nos conhecíamos de vista da academia em que malhávamos, em Copacabana, a Equipe 1. (Agora estou na BodyTech e ele não está malhando).
Um amigo me disse q tinha ficado com ele em algumas ocasiões....(foi aí q soube o nome dele, mas vou chamá-lo aqui de Diogo, exatamente por ser tão parecido comigo)
Mas eu e Diogo só fomos nos encontrar mesmo numa "festinha" sábado. Abri uma exceção pra sair à noite, já que um amigo da BodyTech, o Renato, me botou uma pilha enorme sobre essa festa particular, fechada, só pra convidados. "Vá, porque promete ser sensacional".
Por acaso eu conhecia o dono e organizador da festa, liguei e ele me convidou. Quem lê o blog sabe q há muito tempo não saio à noite, perdi a paciência pra festas e pra bagunças em geral.
Mas a intuição, sempre ela, me mandou ir: "Vá, porque vc vai conhecer alguém relevante"
Fui me forçando, mas fui. Pra minha surpresa, Diogo chegou depois de mim. Nos vimos, mas não nos falamos, afinal só nos conhecíamos de vista.
Lá pelas tantas, porém, estava eu em papinhos com um cara chamado Rodrigo. Saio um momento pra ir no banheiro e quando volto quem está de papinho com Rodrigo era o Diogo. Acabou que ficamos de papinho os três juntos.
Rodrigo logo depois conheceu outro cara e eu e Diogo ficamos sozinhos. E juntos. Foi ótimo, uma química que há muito não sentia, no beijo e sexual. Ele é muito parecido fisicamente comigo, só é um pouco menor de estatura, algo q eu adoro.
Ficamos por algum tempo, pedi seus dados de contato e logo depois nos perdemos pela festa, de comum acordo (nada de grude, por favor).
No fim da festa, nos encontramos novamente e ficamos juntos de novo. Mais uma vez excelente a química.
Na segunda, passei uma mensagem pra ele chamando-o pra sair sem compromisso. Ele aceitou e e foi lá em casa ontem.
Foi só ele pôr os pés na minha casa e mal trocarmos três palavras pra começarmos um beijo que parecia não ter fim. Desse beijo, claro, fizemos o resto, que foi carinhoso, gostoso, profundo, intenso e pra mim, marcante.
Logo depois, papinho bom, falamos de séries, filmes, vida em geral e nos conhecemos melhor.
Então saímos pra comer. Ele é um cara bem sexual como eu, ele detesta gente grudada no pé dele como eu, ele não namora há muito tempo como eu, é muito franco e direto como eu (inclusive falando de sexo), olha nos olhos o tempo todo enquanto fala como eu, é bem sério e tem cara que parece de poucos amigos como eu, gosta de ficar sozinho como eu, gosta de ficar em casa muitas vezes como eu e não consegue se imaginar num relacionamento estável com ninguém por causa da questão da fidelidade, como eu.
Diz q não conseguiria ser fiel por muito tempo, então prefere não sacanear ninguém e ficar solteiro curtindo a vida. Eu também tenho essa impressão sobre mim.
Foi aí que imaginei (em voz alta pra ele): será q eu e ele daríamos certo como um casal se ficássemos juntos num relacionamento aberto? Ele transando com quem quer e eu transando com quem quero, mas mantendo a intimidade e cumplicidade um com o outro (sem grude nem nada pegajoso),
Será q conseguiríamos segurar o rojão de, não importando quantos outros caras tivéssemos na cama, um continuar firme e forte como o porto seguro do outro?
Isso porque expliquei pra ele que todo mundo precisa de alguém, não se pode passar a vida solitário e desgarrado de tudo e todos. Lá no fundo todo mundo sente isso.
Estar solitário e sozinho parece mais comum e de certa forma tranquilo e cômodo por ser um hábito ao qual já se está acostumado depois de muitos e muitos anos de prática cotidiana; e não algo que efetivamente faça bem ao espírito (ou ao coração, se assim o preferir). Vc se acostuma à vida desgarrada de solteiro e pra quebrar esse paradigma é preciso boa vontade e disposição.
Voltei pro assunto do namoro: algo q disse pra ele q seria essencial para funcionarmos juntos seria a honestidade, mesmo a brutal.
Exemplo: o convido pra sair comigo sexta a noite e ele tem uma transa pré-marcada com um cara que conheceu na rua. Em vez de mentir pra mim dizendo q, sei lá, vai ficar em casa estudando, me dirá a verdade: "não posso/não quero ir porque vou pegar um cara q conheci hoje".
Falei pra ele q eu também poderia dizer a mesma coisa, recusar encontrar com ele um dia para ir transar com alguém aleatório e bonito/gostoso q eu conheci.
Essa franqueza, pode não parecer, mas une muito as pessoas. E é uma virtude admirada por muitos, principalmente por aqueles q não conseguem ser tão francos.
Foi daí que expliquei pra ele o q eu acho sobre a fidelidade, principalmente aquela entre dois homens: ela precisa ser VOLUNTÁRIA e não obrigatória. Até porque a obrigatória muito possivelmente será destroçada por traições (uma, duas, dez) ao longo do relacionamento.
A fidelidade voluntária, não. Eu ESCOLHO não transar com outros caras pq não tenho vontade, porque o Diogo me basta emocional, intelectual e fisicamente.
E eu tenho que aguentar se pra ele não é assim, se ele precisa continuar no mesmo ritmo de sexo q ele faz com caras aleatórios.
Eu não tenho q me sentir ameaçado ou diminuído na minha masculinidade por isso, ele simplesmente tem essa necessidade, que acredito, em algum momento diminuirá. E mesmo q não diminua, é um traço dele, se eu gosto dele não tenho q aceitá-lo exatamente como ele é?
Muitos relacionamentos terminam por causa de sexo com outro(s). Ou seja: muito de uma vida em comum que poderia ainda acontecer, muitas viagens, festas, encontros, dias dos namorados, passeios de mãos dadas, filmes abraçadinhos na cama, vão por água abaixo e nunca se realizam porque um transou com um cara gostoso que é ator de um musical no teatro e tudo acabou em lágrimas, gritaria, exigências, decepções, traumas e dor.
Não seria melhor aceitar as necessidades sexuais e emocionais do outro, não deixar q elas abalem vc, te diminuam, te desvalorizem, e privilegiar os excelentes momentos de cumplicidade, honestidade e carinho que vcs como casal tem quando podem (e principalmente quando querem) estar juntos?
Se não der certo, a gente se separa. Mas se der, pode ser a prova q de essa é a melhor maneira possível de lidar num relacionamento com a questão da fidelidade sexual. Sem grude, sem 4 ligações por dia pra perguntar como o outro está, sem dependência emocional.
O outro, seja ele quem for, não vai "salvar" vc. Não vai "te pôr no colo" o tempo todo e "cuidar de vc" o tempo todo. Vc tem q ser auto-suficiente, se gostar e se sustentar sozinho, pra aí sim poder dividir algo com o outro e entender quando ele quiser pular fora.
Mesmo sem nada de caráter sexual, há dias em que o outro está triste, quer ficar quieto, quer ficar sozinho e tem q ser respeitado.
A grande vantagem que temos nisso como homens gays é essa: somos homens; e por isso mais desprendidos, entendemos que o nosso pau muitas vezes tem, sim, vontade própria (entendemos porque acontece conosco também), somos feitos pra durar e aguentar mais impactos emocionais do que as mulheres, que muitas vezes ainda tem na cabeça aquela idéia do herói viril num cavalo branco, um príncipe de conto de fadas que vai cuidar delas pra sempre e ser sempre fiel sexualmente.
É querer se sabotar.
Homens são sexuais. Resumindo numa frase q sempre ouço: homem, gay ou hétero, quer é gozar.
Eu baguncei a cabeça do Diogo soltando todas essas teorias em cima dele ontem. Tenho certeza q ele entendeu tudo o q eu falei (ele é bem inteligente) e acredito q vai pensar nisso tudo. Com calma e no tempo dele.
Como cara franco que sou, disse pra ele que o encontro foi intenso e relevante pra mim. Não é todo mundo q eu beijo tanto e com tanto prazer (e por tanto tempo) como o beijei ontem.
Se daí nada mais acontecer entre eu e ele, só essa modificação toda q ele ja provocou em mim (e que gerou esse post) já valeu muito a pena. Admiro caras inteligentes que me desafiam intelectual e emocionalmente.
Mas se de fato tivermos algo mais, mesmo que seja mais sexo e/ou amizade, num futuro próximo ou distante, meu amigo.....tenho certeza que cada momento passado com ele será extremamente rico e interessante.
Se já foi em dois encontros (sendo q um deles foi bem breve).....imagine em milhares de outros.
O que será, será. Sem stress e sem pressa alguma.
p.s. E não é q o Renato, o cara que me avisou da festa sábado na qual encontrei o Diogo, foi pra outro lugar? Acabou que fui sozinho. E deu no que deu. ;)
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Existe alguma forma de não termos ódio de evangélicos?
Eles pregam o nome de Jesus, mas incitam o preconceito, a violência e exclusão. Usam passagens da Bíblia para justificar intolerância aos gays, mas propositadamente ignoram outros trechos da mesma Bíblia que condenam mulheres e até crianças que não obedecem aos pais (em alguns casos, as condenações sáo para que a mulher seja apedrejada até a morte).
Todo mundo deve ter lido do juiz de Goiânia que cancelou um casamento gay na sexta-feira. Hoje o Globo deu uma matéria enorme sobre o assunto e destacou que o tal juiz é simplesmente pastor da Assembléia de Deus....Olhem só esse trecho:
"O juiz também se colocou à disposição da bancada evangélica para palestras, para participar de marchas, e agradeceu o apoio recebido. A frente parlamentar evangélica e a federação evangélica aprovaram uma moção de louvor e aplauso à decisão de Jerônymo. (...) Ele também comentou que o Brasil corre o risco de ver o fim da monogamia se não for observado o que diz a Constituição sobre a família.(...)"
Simplesmente não consigo mais tolerar esse rol de agressões, passei a ter ojeriza desse "povo de Deus".
Não quero evangélicos na minha casa, não quero conhecer ou ser apresentado a evangélicos, não quero estar em locais onde estão evangélicos e não quero entrar em discussão ao vivo e a cores com eles pra não me aborrecer mais do que já estou aborrecido, uma vez que eles não ouvem ninguém e juram de pés juntos q o Reino dos Céus é deles, mesmo eles sendo intolerantes, violentos e abertamente preconceituosos.
Isso sem contar o que eles fazem com as outras religiões, porque pra eles só a deles é a verdadeira, a que importa, a que merece existir.
Gostaria de saber de vcs se existe alguma forma de eu conseguir não ter mais ódio de evangélicos, uma vez que nós gays sofremos agressões diárias dessas pessoas, que em vez de respeitar um ESTADO LAICO e quem não acredita no que eles pregam, insistem que todos têm q dar ouvidos às barbaridades medievais que eles dizem.
Já que eles pregam tanto a livre expressão da fé, vou dizer algo em que eu firmemente creio: o lugar de todos esses agressivos e preconceituosos já está reservado no inferno, esse mesmo que eles dizem tanto temer.
Nos comentários dos leitores do Globo, no meio das agressões todas q vcs imaginam, selecionei um que me pareceu genial.
Disse Victor Tavares: "Existiu uma época onde a sociedade europeia seguia todos os mandamentos da bíblia, o clero detinha todo o poder. Tal época ficou conhecida como a "idade das trevas". Talvez seja um dos objetivos da assembléia de deus, nos brindar com uma nova idade das trevas em pleno século XXI. Pena que a sociedade brasileria como um todo sofre nas mãos destes retardados religiosos, não apenas quem os seguem. Regras religiosas pra quem segue a religião, não à imposição!!!"
p.s. A matéria do Globo sobre o juiz de Goiânia vc lé aqui.
Já a que fala do Dia do Orgulho Hétero vc lê aqui.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Eu não aguento.....Lista Geral e Lista Gay
Inspirado na coluna do Xexéo, na Revista O Globo desse domingo....resolvi fazer a minha lista de coisas q eu não aguento....aliás, duas listas, uma gay e outra genérica.
Eu não aguento....(geral)
1) TV Aberta (com honrosa exceção dos jornais)
2) Quem grita no celular ou falando com o outro dentro do vagão do metrô, forçando todo mundo que está em volta a ouvir aquela conversa desagradável e berrada. (Espero q NUNCA liberem o uso de celular dentro dos aviões...)
3) Quem não sabe que revezar um aparelho na academia é o mínimo da boa convivência.
4) Publicidade no cinema. Na TV, vc pode mudar de canal, no jornal, vc joga a página fora, mas no cinema vc é forçado a ouvir aquilo. Uma vez tive q aguentar um anúncio de talco ou similar pra bebê por uns 5 minutos, com um monte de mães falando de criança dormindo.....No último filme q eu vi ("X-Men: Primeira Classe"), entrei na sala na hora em que estava começando essa campanha da Vivo com a música "Eduardo e Mônica" (são também quase 5 minutos). Dei meia volta, saí, fui comprar pipoca, fui no banheiro e só voltei quando o troço tinha acabado.
Não sei quem é que achou q publicidade no cinema ajuda a vender produtos. Eu acho insuportável e pra mim tem o efeito contrário: passo a odiar qualquer marca que me obriga a assistir numa tela imensa o que não quero ver nem em pop-up de computador. E aquele Ig Último Segundo de notícias, que irritante?
5) Pagode. Funk. Samba. Sertanejo. Forró.
6) Multidões. Odeio quando programas de poucas pessoas passam a atrair 50 mil cidadãos que nem sabem pq estão ali. O Festival do Rio de Cinema é um desses, só ia quem realmente gostava de cinema. Agora todo ano é um inferno com filas, ingressos esgotados muito rápido, histeria. Não faço mais a menor questão.
Qualquer show na praia então, nunca! Uma vez fui na apresentação de Carmina Burana nas areias de Copacabana, e tive q ouvir uma lesada perguntando pra outra se essa cantora, Carmina, era boa mesmo pra atrair tanta gente.....
7) Gente q fica viciado nesses joguinhos de computador, seja Paciência, seja Angry Birds....com tantos livros maravilhosos pra ler, tanto seriado novo, tanto filme no cinema...e o cara fica gastando tempo repetindo a mesma coisa no joguinho. Acho perda de tempo.
8) Pop-up de computador. Se esse tipo de propaganda desse certo, não teria tantos inimigos. Não à toa, criaram bloqueadores de pop-ups.
9) Gente boazinha. Isso não existe. Todos os que conheci eram, na intimidade, invejosos, mentirosos, mal resolvidos, mal amados e recalcados. Além de covardes.
10) Gente religiosa. Acho que nem preciso dizer o porquê, né?
Eu não aguento...(gay)
1) Gente que não tem noção da idade que tem/ que não sabe envelhecer. Mulheres que se vestem aos 50 anos numa mistura de She-ra com Britney Spears e homens que com a mesma idade ainda acham que são adolescentes surfistas, com boné pra trás e bermuda florida no joelho, dizendo "e aí, brother?". Aliás, boné em homem adulto pra esconder a careca acho triste.
2) Caras afeminadíssimos que juram que são percebidos como heteros.
3) Boate, balada, night. Em geral, muita droga, muita bebedeira, muita putaria misturada com droga e bebedeira. Além de tudo ser muito caro. E eu acho tudo igual, sempre, todo mundo metido a tirar a camisa, delirando com aquelas músicas do melhor DJ dos EUA amigo da Madonna que veio ao Brasil pra essa festa. Acho até uma certa imaturidade ficar se acabando todo fim de semana na mesma coisa.....
4) Gente q mente na internet. Essa é clássica. Uma vez fui encontrar um cara que pela foto era lindo. Na hora H, ele era o mesmo da foto, sim, mas há 20 anos atrás. Agora era uma caricatura....
5) Fag Hags. Já tive muitas, em diferentes fases da vida. Nunca, nunca mais.
6) Mulher que quer se meter a medir tamanho de pau comigo.
7) Cock Block. É uma expressão americana que quer dizer o nosso popular "Empata Foda". O cara sabe que o lance não é com ele, mas quer empatar vc e o cara gatinho que está te dando mole, na melhor linha "se eu não posso, ninguém pode/ phode"
8) Quarto Escuro. Acho q se vc quer pegar alguém pra um sexo anônimo, o mínimo é vc ver a cara do sujeito (e também as condições de higine e limpeza das áreas a serem usadas).
9) Quá-quás e pão-com-ovo. Essa também é clássica.
10) Gays hipócritas. Fazem e acontecem, depois posam de Gandhi ou Madre Teresa de Calcutá.
p.s. A coluna de domingo do Xexéo, que inspirou esse post, está aqui.
p.s. 2) O seriado que recomendo no momento é "Men Of A Certain Age". Assisti o primeiro episódio ontem e adorei.
A série explora a amizade masculina por meio de três homens experimentando as mudanças e os desafios da meia-idade. Eles são melhores amigos desde os tempos da faculdade, mas agora, aos 48/49 anos de idade, estão navegando pelo segundo ato de suas vidas.
Joe é o amigável e um pouco neurótico recém-divorciado pai de duas crianças, viciado em jogo. Terry é um ator displicente, que leva uma vida fácil cheia de mulheres. Ultimamente, ele tem passado mais tempo trabalhando como temporário do que como ator. Finalmente, Owen é um marido estressado e pai de três, que tem que aguentar as críticas de seu próprio pai, para quem trabalha numa concessionária.
Eu não aguento....(geral)
1) TV Aberta (com honrosa exceção dos jornais)
2) Quem grita no celular ou falando com o outro dentro do vagão do metrô, forçando todo mundo que está em volta a ouvir aquela conversa desagradável e berrada. (Espero q NUNCA liberem o uso de celular dentro dos aviões...)
3) Quem não sabe que revezar um aparelho na academia é o mínimo da boa convivência.
4) Publicidade no cinema. Na TV, vc pode mudar de canal, no jornal, vc joga a página fora, mas no cinema vc é forçado a ouvir aquilo. Uma vez tive q aguentar um anúncio de talco ou similar pra bebê por uns 5 minutos, com um monte de mães falando de criança dormindo.....No último filme q eu vi ("X-Men: Primeira Classe"), entrei na sala na hora em que estava começando essa campanha da Vivo com a música "Eduardo e Mônica" (são também quase 5 minutos). Dei meia volta, saí, fui comprar pipoca, fui no banheiro e só voltei quando o troço tinha acabado.
Não sei quem é que achou q publicidade no cinema ajuda a vender produtos. Eu acho insuportável e pra mim tem o efeito contrário: passo a odiar qualquer marca que me obriga a assistir numa tela imensa o que não quero ver nem em pop-up de computador. E aquele Ig Último Segundo de notícias, que irritante?
5) Pagode. Funk. Samba. Sertanejo. Forró.
6) Multidões. Odeio quando programas de poucas pessoas passam a atrair 50 mil cidadãos que nem sabem pq estão ali. O Festival do Rio de Cinema é um desses, só ia quem realmente gostava de cinema. Agora todo ano é um inferno com filas, ingressos esgotados muito rápido, histeria. Não faço mais a menor questão.
Qualquer show na praia então, nunca! Uma vez fui na apresentação de Carmina Burana nas areias de Copacabana, e tive q ouvir uma lesada perguntando pra outra se essa cantora, Carmina, era boa mesmo pra atrair tanta gente.....
7) Gente q fica viciado nesses joguinhos de computador, seja Paciência, seja Angry Birds....com tantos livros maravilhosos pra ler, tanto seriado novo, tanto filme no cinema...e o cara fica gastando tempo repetindo a mesma coisa no joguinho. Acho perda de tempo.
8) Pop-up de computador. Se esse tipo de propaganda desse certo, não teria tantos inimigos. Não à toa, criaram bloqueadores de pop-ups.
9) Gente boazinha. Isso não existe. Todos os que conheci eram, na intimidade, invejosos, mentirosos, mal resolvidos, mal amados e recalcados. Além de covardes.
10) Gente religiosa. Acho que nem preciso dizer o porquê, né?
Eu não aguento...(gay)
1) Gente que não tem noção da idade que tem/ que não sabe envelhecer. Mulheres que se vestem aos 50 anos numa mistura de She-ra com Britney Spears e homens que com a mesma idade ainda acham que são adolescentes surfistas, com boné pra trás e bermuda florida no joelho, dizendo "e aí, brother?". Aliás, boné em homem adulto pra esconder a careca acho triste.
2) Caras afeminadíssimos que juram que são percebidos como heteros.
3) Boate, balada, night. Em geral, muita droga, muita bebedeira, muita putaria misturada com droga e bebedeira. Além de tudo ser muito caro. E eu acho tudo igual, sempre, todo mundo metido a tirar a camisa, delirando com aquelas músicas do melhor DJ dos EUA amigo da Madonna que veio ao Brasil pra essa festa. Acho até uma certa imaturidade ficar se acabando todo fim de semana na mesma coisa.....
4) Gente q mente na internet. Essa é clássica. Uma vez fui encontrar um cara que pela foto era lindo. Na hora H, ele era o mesmo da foto, sim, mas há 20 anos atrás. Agora era uma caricatura....
5) Fag Hags. Já tive muitas, em diferentes fases da vida. Nunca, nunca mais.
6) Mulher que quer se meter a medir tamanho de pau comigo.
7) Cock Block. É uma expressão americana que quer dizer o nosso popular "Empata Foda". O cara sabe que o lance não é com ele, mas quer empatar vc e o cara gatinho que está te dando mole, na melhor linha "se eu não posso, ninguém pode/ phode"
8) Quarto Escuro. Acho q se vc quer pegar alguém pra um sexo anônimo, o mínimo é vc ver a cara do sujeito (e também as condições de higine e limpeza das áreas a serem usadas).
9) Quá-quás e pão-com-ovo. Essa também é clássica.
10) Gays hipócritas. Fazem e acontecem, depois posam de Gandhi ou Madre Teresa de Calcutá.
p.s. A coluna de domingo do Xexéo, que inspirou esse post, está aqui.
p.s. 2) O seriado que recomendo no momento é "Men Of A Certain Age". Assisti o primeiro episódio ontem e adorei.
A série explora a amizade masculina por meio de três homens experimentando as mudanças e os desafios da meia-idade. Eles são melhores amigos desde os tempos da faculdade, mas agora, aos 48/49 anos de idade, estão navegando pelo segundo ato de suas vidas.
Joe é o amigável e um pouco neurótico recém-divorciado pai de duas crianças, viciado em jogo. Terry é um ator displicente, que leva uma vida fácil cheia de mulheres. Ultimamente, ele tem passado mais tempo trabalhando como temporário do que como ator. Finalmente, Owen é um marido estressado e pai de três, que tem que aguentar as críticas de seu próprio pai, para quem trabalha numa concessionária.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Sair do armário afinal aos....75 anos! Nós todos precisamos assistir "Beginners", sensação nos cinemas americanos neste momento!
Não posso ousar escrever melhor sobre esse filme do que o correspondente do jornal O Globo em Nova York, Eduardo Graça, que deu um show na sua coluna de ontem no Segundo Caderno....
Já recomendei a amigos e estou realmente muito ansioso pra assistir essa que parece ser uma nova obra-prima da temática gay.
Leiam a seguir a íntegra do que o Eduardo maravilhosamente escreveu. Logo abaixo, veja o trailer com legendas em português.
Já recomendei a amigos e estou realmente muito ansioso pra assistir essa que parece ser uma nova obra-prima da temática gay.
Leiam a seguir a íntegra do que o Eduardo maravilhosamente escreveu. Logo abaixo, veja o trailer com legendas em português.
O melhor filme de terror dos últimos tempos
Eu me arrependo de não ter assistido isso no cinema quando tive a chance, com tela gigante e som fenomenal...
Se em casa o final desse filme conseguiu me dar medo....imagine num cinema mesmo...
Pra quem gosta do gênero, é altamente recomendado....mistura elementos de Poltergeist com Atividade Paranormal, mas o resultado é completamente diferente.
Quem é espírita com certeza vai adorar, porque fala de muitos elementos reconhecíveis....
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Não existe essa de "Estou confuso com a minha sexualidade"
Embora a novela esteja sendo sensacional ao trazer tantos personagens gays, realmente me cansa essa abordagem "estou confuso" quando o cara vai "confessar" pra amiga que gosta de caras.
Chega disso, né? Chega desse sofrimento, dessa dor, dessa indecisão, desse medo. E não há confusão....Ou se é gay ou não. Vc não sente atração por homem e deixa de sentir no dia seguinte.
Queria que esse personagem fosse mais macho e assumisse o que é de uma vez por todas, sem esse pavor que o fragiliza.
Um personagem convicto ao se assumir, isso seria novo na novela brasileira.
Também achei surreal a reação da amigona hétero. Em geral, mulher hétero não gosta de descobrir que (mais) um homem hétero na verdade é gay, principalmente se ele está namorando uma garota no momento. (como no caso dessa cena)
Em geral, elas ficam putas e se sentem traídas na amizade....
(Já debati num fórum com uma "amiga" dessas, que abandonou o melhor amigo dela de 20 anos porque ele se revelou gay e ela se sentiu "traída", porque ele não contou antes. Ela mesma admitiu que é puro egoísmo)....
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Test-drive pra namorado, Clássico dos anos 80 versão 2011, etc.....
Test-drive de namoro
Uma das coisas que mais eu gosto de fazer é bancar o cupido e formar casais entre amigos meus. Em março, botei fogo pra dois amigos, Leandro e Antônio, ficarem. Achei que eles tinham a ver, q seriam um casal bonito, complementar.
Deu certo: eles ficaram e começaram a sair. Estava tudo ótimo, cama boa, gostos em comum em música, exposições, um conheceu os amigos do outro...
Então eu viajo, fico um mês fora, volto, e eles ainda estão no mesmo nhém-nhém-nhém: continuam saindo, transando, gostando de estar um com o outro....mas não são namorados. Leandro claramente quer, Antônio fica em cima do muro.
Acho estranho. O que é isso? "Vou levando pra ver se aparece alguém melhor no meio do caminho"? Medo de que dê errado depois? Medo de que dê certo? (isso não é incomum)
De qualquer maneira, Leandro me pede uma opinião e eu digo que eles tem q se decidir...porque acho injusto criar expectativa pra de repente um virar e dizer "não era isso, conheci um outro cara, té mais".
Dois ou três meses de nhém-nhém-nhém acho que é tempo suficiente pra saber se vc está afim da pessoa ou não, se gostaria de namorar com ela ou não.
Ficar em cima do muro acho uma sacanagem com o sentimento do outro. O outro fica ali, na prateleira, esperando você se decidir?
Decida e assuma sua decisão.
Minha opinião clara é: se em 3 meses vc ainda está na dúvida (com milhares delas), essa relação não vai pra frente....
Vamos ser homens aqui e assumir.
A destruição do clássico do terror dos anos 80
O meu filme predileto dos anos 80 teve uma refilmagem que estreará em agosto nos EUA, bem na época em que (até que enfim) devem lançar o Blu-ray do original, pra aproveitar o hype: A Hora do Espanto.
Pelo trailer, fiquei desolado. Por mais que eu adore o Colin Farrell e o ache um dos maiores símbolos de virilidade da atualidade, o personagem Jerry Dandridge é mais charmoso que viril. Mais sedutor que garanhão. Muito mais Chris Sarandon do que Colin Farrell. Quem viu sabe do que estou falando.
As casas onde os personagens moram no original também contribuem pro clima soturno do filme: enormes, isoladas, escuras...as casas de agora, bem menores,bem iluminadas, no meio da rua com um monte de outras em volta dão um ar totalmente diferente.
(A casa era tão importante pra história que aparecia com destaque até no pôster do filme de 1985, como vc vê aqui)
Obviamente vou assistir ao novo, também por ser em 3D. Mas acho que infelizmente não chegará a 1/10 do clássico.
Compare o clima:
Ensaio de moda com casais gays - ousado, pero no mucho
Viu no caderno ELA, do jornal O Globo de sábado? Eu acho esse caderno de uma futilidade só (dá uma tristeza...), mas de vez em quando (muito de vez em quando) eles dão uma dentro.
Mas os casais nem se encostam. Só um ao lado do outro, tipo "esse é meu amigo".
iPhone pro povão
Tod mundo falando da promoção da TIM que dá um iPhone 3GS de 8 GB por R$ 133,00 ao mês. É basicamente os R$ 1.000,00 do preço do aparelho dividido em 12 parcelas de R$ 83,25 mais o resto do valor que seria a franquia de minutos. Não entendi ainda direito, mas parece que o pacote de dados é à parte, por R$ 29,90/,mês.
Li no jornal que a loja da TIM no Complexo do Alemão esgotou o estoque em dois dias e já tem até fila de espera pelos aparelhos...
Um velho com o jornal no iPad
Estou com 35 e cresci lendo jornais e livros segurando-os fisicamente. Estou com certa implicância de ler o jornal nosso de cada dia no iPad ou mesmo no desktop tradicional. No iPhone não dá mesmo.
Mas estou querendo mudar isso. Mandar a entrega do impresso pra minha mãe e passar a ler online o exato conteúdo da versão tradicional, que está disponível nos aplicativos....De repente é questão de estabelecer um hábito, apenas.
Mergulhe na Veja online
Ainda falando de notícias, sabia que a Veja disponibiliza todas as suas edições anteriores online e (o que é melhor) de forma gratuita? Dá pra ler tudo aquilo que te interessa, apenas acessando o Acervo Digital deles.
Perdi a matéria de capa falando do bom-mocismo do Luciano Huck há uns meses atrás e é lá mesmo q vou buscá-la.
Filmes que tenho visto:
- Lendas da Paixão, em Blu-ray
A belíssima fotografia ficou deslumbrante com a qualidade HD do Blu-ray. O disco vem ainda com duas faixas de comentário, do diretor com o Brad Pitt e da produtora com o diretor de fotografia. Pelo menos no BD americano é tudo legendado em português. E que trilha sonora sensacional é aquela, sempre me emociona, desde 1994.
- Prayers for Bobby, em DVD
Clássico dos filmes de temática gay, comprei original na Amazon, valeu muito a pena. Tá a preço de banana. Escrevo mais sobre ele depois.
- Rafinha Bastos - A Arte do Insulto, em DVD
Assisti ontem ao stand-up comedy do Rafinha do CQC....achei mais ou menos. Sou chato pra rir, só rio mesmo se o negócio for bem inteligente ou bem sacado. Acho q eu ri umas duas ou três vezes no máximo.
Séries que tenho visto:
- Episódio 10.5 de Smallville -
Tá insuportável, mas eu vou chegar até o fim dessa décima e última temporada. Afinal nesse episódio ele contou pra Lois Lane que é o "Blur"......Mas a temática toda egípcia de Ísis encarnando na Lois foi de querer se jogar do topo do Luthercorp.....
- Episódio 1.4 de Afterlife -
Série inglesa sobre médiuns e espíritos, muito bem recomendada, também tá a preço de banana, vale muito. E ainda tem aquele cara maravilhoso do The Walking Dead, Andrew Lincoln. Ela é médium, ele é psicólogo. Tá, vc já viu isso milhares de vezes (Arquivo X, Bones, etc...) mas mesmo assim essa é bem legal. Olhe o trailer aqui:
- Episódio 1.9 de The Killing -
Série de suspense recomendadíssima pelo Segundo Caderno no Globo, tô adorando...falta pouco pra descobrir quem matou Rosie Larsen.......(termina no episódio 1.13)
p.s. True Blood volta agora em junho pra quarta temporada. Ah, Alcide, o lobisomem saradaço também volta...vc vê um pouco dele nesse segundo teaser.... ;)
Uma das coisas que mais eu gosto de fazer é bancar o cupido e formar casais entre amigos meus. Em março, botei fogo pra dois amigos, Leandro e Antônio, ficarem. Achei que eles tinham a ver, q seriam um casal bonito, complementar.
Deu certo: eles ficaram e começaram a sair. Estava tudo ótimo, cama boa, gostos em comum em música, exposições, um conheceu os amigos do outro...
Então eu viajo, fico um mês fora, volto, e eles ainda estão no mesmo nhém-nhém-nhém: continuam saindo, transando, gostando de estar um com o outro....mas não são namorados. Leandro claramente quer, Antônio fica em cima do muro.
Acho estranho. O que é isso? "Vou levando pra ver se aparece alguém melhor no meio do caminho"? Medo de que dê errado depois? Medo de que dê certo? (isso não é incomum)
De qualquer maneira, Leandro me pede uma opinião e eu digo que eles tem q se decidir...porque acho injusto criar expectativa pra de repente um virar e dizer "não era isso, conheci um outro cara, té mais".
Dois ou três meses de nhém-nhém-nhém acho que é tempo suficiente pra saber se vc está afim da pessoa ou não, se gostaria de namorar com ela ou não.
Ficar em cima do muro acho uma sacanagem com o sentimento do outro. O outro fica ali, na prateleira, esperando você se decidir?
Decida e assuma sua decisão.
Minha opinião clara é: se em 3 meses vc ainda está na dúvida (com milhares delas), essa relação não vai pra frente....
Vamos ser homens aqui e assumir.
A destruição do clássico do terror dos anos 80
O meu filme predileto dos anos 80 teve uma refilmagem que estreará em agosto nos EUA, bem na época em que (até que enfim) devem lançar o Blu-ray do original, pra aproveitar o hype: A Hora do Espanto.
Pelo trailer, fiquei desolado. Por mais que eu adore o Colin Farrell e o ache um dos maiores símbolos de virilidade da atualidade, o personagem Jerry Dandridge é mais charmoso que viril. Mais sedutor que garanhão. Muito mais Chris Sarandon do que Colin Farrell. Quem viu sabe do que estou falando.
As casas onde os personagens moram no original também contribuem pro clima soturno do filme: enormes, isoladas, escuras...as casas de agora, bem menores,bem iluminadas, no meio da rua com um monte de outras em volta dão um ar totalmente diferente.
(A casa era tão importante pra história que aparecia com destaque até no pôster do filme de 1985, como vc vê aqui)
Obviamente vou assistir ao novo, também por ser em 3D. Mas acho que infelizmente não chegará a 1/10 do clássico.
Compare o clima:
Ensaio de moda com casais gays - ousado, pero no mucho
Viu no caderno ELA, do jornal O Globo de sábado? Eu acho esse caderno de uma futilidade só (dá uma tristeza...), mas de vez em quando (muito de vez em quando) eles dão uma dentro.
Mas os casais nem se encostam. Só um ao lado do outro, tipo "esse é meu amigo".
iPhone pro povão
Tod mundo falando da promoção da TIM que dá um iPhone 3GS de 8 GB por R$ 133,00 ao mês. É basicamente os R$ 1.000,00 do preço do aparelho dividido em 12 parcelas de R$ 83,25 mais o resto do valor que seria a franquia de minutos. Não entendi ainda direito, mas parece que o pacote de dados é à parte, por R$ 29,90/,mês.
Li no jornal que a loja da TIM no Complexo do Alemão esgotou o estoque em dois dias e já tem até fila de espera pelos aparelhos...
Um velho com o jornal no iPad
Estou com 35 e cresci lendo jornais e livros segurando-os fisicamente. Estou com certa implicância de ler o jornal nosso de cada dia no iPad ou mesmo no desktop tradicional. No iPhone não dá mesmo.
Mas estou querendo mudar isso. Mandar a entrega do impresso pra minha mãe e passar a ler online o exato conteúdo da versão tradicional, que está disponível nos aplicativos....De repente é questão de estabelecer um hábito, apenas.
Mergulhe na Veja online
Ainda falando de notícias, sabia que a Veja disponibiliza todas as suas edições anteriores online e (o que é melhor) de forma gratuita? Dá pra ler tudo aquilo que te interessa, apenas acessando o Acervo Digital deles.
Perdi a matéria de capa falando do bom-mocismo do Luciano Huck há uns meses atrás e é lá mesmo q vou buscá-la.
Filmes que tenho visto:
- Lendas da Paixão, em Blu-ray
A belíssima fotografia ficou deslumbrante com a qualidade HD do Blu-ray. O disco vem ainda com duas faixas de comentário, do diretor com o Brad Pitt e da produtora com o diretor de fotografia. Pelo menos no BD americano é tudo legendado em português. E que trilha sonora sensacional é aquela, sempre me emociona, desde 1994.
- Prayers for Bobby, em DVD
Clássico dos filmes de temática gay, comprei original na Amazon, valeu muito a pena. Tá a preço de banana. Escrevo mais sobre ele depois.
- Rafinha Bastos - A Arte do Insulto, em DVD
Assisti ontem ao stand-up comedy do Rafinha do CQC....achei mais ou menos. Sou chato pra rir, só rio mesmo se o negócio for bem inteligente ou bem sacado. Acho q eu ri umas duas ou três vezes no máximo.
Séries que tenho visto:
- Episódio 10.5 de Smallville -
Tá insuportável, mas eu vou chegar até o fim dessa décima e última temporada. Afinal nesse episódio ele contou pra Lois Lane que é o "Blur"......Mas a temática toda egípcia de Ísis encarnando na Lois foi de querer se jogar do topo do Luthercorp.....
- Episódio 1.4 de Afterlife -
Série inglesa sobre médiuns e espíritos, muito bem recomendada, também tá a preço de banana, vale muito. E ainda tem aquele cara maravilhoso do The Walking Dead, Andrew Lincoln. Ela é médium, ele é psicólogo. Tá, vc já viu isso milhares de vezes (Arquivo X, Bones, etc...) mas mesmo assim essa é bem legal. Olhe o trailer aqui:
- Episódio 1.9 de The Killing -
Série de suspense recomendadíssima pelo Segundo Caderno no Globo, tô adorando...falta pouco pra descobrir quem matou Rosie Larsen.......(termina no episódio 1.13)
p.s. True Blood volta agora em junho pra quarta temporada. Ah, Alcide, o lobisomem saradaço também volta...vc vê um pouco dele nesse segundo teaser.... ;)
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Caro Merval Pereira, colunista do Jornal O Globo
Carta enviada ao jornal O Globo, referindo-se à coluna de Merval Pereira na edição de ontem, 1º de junho de 2011. (que pode ser lida no Blog do Noblat, na íntegra, aqui).
De: Diego
Para: merval@oglobo.com.br; cartas@oglobo.com.br
Caro Senhor Merval Pereira,
Pela primeira vez senti a necessidade de escrever-lhe, para pedir que reconsidere os termos e também os pensamentos que deram origem à parte de sua coluna de ontem, quarta-feira, 1º de junho.
Como um homem gay de 35 anos que sofreu violência e bullying na escola desde a mais tenra idade e que demorou muitos anos para lidar (sozinho) e finalmente aceitar sua condição 100% homossexual, gostaria de enfatizar para o senhor que os vídeos do kit anti-homofobia do governo federal em nenhum momento "faziam mesmo o elogio ao homossexualismo" ou "incentivam inclinações sexuais", como o senhor escreveu ontem.
O que o material faz é apenas dar à criança a partir dos 11 anos ou ao adolescente de 15 anos a clara percepção de que ele pode ser na escola, na família e na vida quem ele realmente é, que o que ele sente é normal e não algo vergonhoso que precise ser escondido ou exorcizado.
Creio ser ingenuidade do senhor acreditar que alguém, mesmo uma criança de 11 anos que teve acesso aos vídeos, se sentiria "incentivado" a ser gay, se nunca teve nenhuma inclinação para tanto.
A idéia de que, por causa de um kit anti-homofobia que mostra os gays como pessoas normais(e que foi aprovado pela Unesco, é importante frisar) crianças podem ser influenciadas a serem homossexuais é tão errônea e destrutiva quanto a idéia derivada desta, de que se pode "escolher" ser gay ou não.
Ninguém escolhe ser gay, não é uma "opção sexual". Ninguém escolhe sofrer preconceito, bullying e violência, muito menos quando se está em idade escolar.
A criança pode ser incentivada, isso sim, a assumir para si mesma, para a família e para os colegas e professores de escola uma vez que já seja gay, uma vez que já sinta naturalmente atrações por colegas do mesmo sexo.
O que a criança ou adolescente pode escolher é assumir o que ela já sabe que é ou viver uma vida dupla de dor e sofrimento, cumprindo o papel que a sociedade preconceituosa e certas religiões exigem "em nome da família" (como se gays não tivessem família, pais, mães, irmãos e mesmo filhos).
A percepção que os vídeos do kit anti-homofobia trazem aos jovens é primordial e necessária, pois na imensa maioria dos casos tais crianças e adolescentes gays que ainda não se assumiram sofrem muito por não terem com quem conversar, tirar dúvidas e principalmente por não terem exemplos nem referências positivas de que o que sentem é normal, e que elas merecem e podem ser felizes exatamente do jeito que nasceram.
Como o senhor já deve ter observado, a imensa maioria dos personagens gays na TV ainda cai no estereótipo caricato e que induz ao riso, como podemos ver por exemplo no seriado "Macho Man" atualmente no ar na Rede Globo.
Falar do assunto é necessário para evitar a violência cotidiana das escolas, que na esmagadora maioria das vezes passa despercebida pela equipe educadora das instituições; o mais comum tipo de bullying é aquele muitas vezes lento e sutil; e este é também um dos mais destrutivos, com seríssimas consequências para a vida adulta da pessoa.
Nenhum heterossexual de nenhuma idade passa a ser homossexual porque assistiu a vídeos, filmes ou palestras sobre o tema, com personagens gays que falam de seus sentimentos e que se beijam.
De qualquer maneira, mesmo se o senhor estivesse correto e se realmente o kit fizesse "elogios e incentivos à homossexualidade", não seria por causa de "elogios e incentivos" que uma criança ou jovem heterossexual se tornaria um homossexual.
Posso apresentar como prova disso a minha própria pessoa: cresci com todos os "elogios e incentivos" possíveis à vida heterossexual (na família, na escola, na igreja e na cultura como um todo, em filmes Disney como "Branca de Neve", "A Bela Adormecida", "Aladdin", em filmes romãnticos como "Dirty Dancing", "Titanic" ou "Ghost" e em toda a programação da TV aberta brasileira através de novelas e séries) e nem por isso me tornei um homem hétero. Eu nem quis tentar ser um, apesar de todos os "elogios e incentivos" à vida heterossexual. Continuo 100% gay e 100% orgulhoso disto.
Para finalizar, gostaria de pedir especialmente que um jornalista inteligente e respeitado como o senhor não utilize mais o termo "homossexualismo", pois o sufixo "ismo" denota doença.
Embora o senhor possa argumentar que existam milhares de outras palavras com este sufixo que nem de longe significam enfermidade (fato), o caso da homossexualidade é peculiar uma vez que de fato minha orientação sexual já foi considerada doença mental, sendo retirada pela Organização Mundial de Saúde da classificação como tal apenas muito recentemente.
Continuar a usar o termo "homossexualismo" reforça o estereótipo no inconsciente coletivo de que cidadãos como eu precisam de tratamento, algo que infelizmente muitas pessoas, inclusive formadores de opinião e líderes religiosos, acreditam até hoje.
Certo de contar com sua compreensão, agradeço a atenção dispensada.
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